Suicídio é o ato de matar a si mesmo. Trata-se de qualquer ação que possa levar uma pessoa a morrer de forma intencional.
As estatísticas de suicídio aumentaram muito na ultima década. No mundo, com um milhão de casos por ano, é a décima causa de morte, com uma média nacional de quatro casos para 100 mil habitantes por ano, ocorrendo, principalmente, nas grandes cidades. O suicídio é uma das principais causas de morte na adolescência e já se tornou um problema importante para a Organização Mundial de Saúde (OMS), que busca minimizar através da prevenção. As interpretações a cerca deste assunto envolvem religião, filosofia, psicologia, honra e sentido a vida.
Os transtornos emocionais, cada vez mais presentes, são geralmente os motivos dos casos de familiares que perderam pessoas assim e até mesmo de pessoas que apresentam uma ideação suicida.
Os transtornos psicológicos mais associados ao risco de suicídio são: transtorno de humor (depressão maior, distimia e transtorno bipolar), psicoses, transtorno de ansiedade, demências e transtorno de personalidade. Está associado também à dependência de álcool ou drogas, também fatores como: desemprego, problemas financeiros, doenças graves, envelhecimento, término de uma relação, perda de um ente querido, histórico de negligência ou abuso, algum membro da família que cometeu suicídio, vida em comunidade onde teve surtos recentes de suicídios, entre outros.
Quando a pessoa começa a idealizar a sua morte, ela geralmente não quer morrer, mas sim, fugir de uma situação que a vida lhe apresenta e que parece impossível de enfrentar. A busca é pelo alivio do sofrimento e diante dos transtornos ou situações descritas, surgem sentimentos de rejeição, perda, solidão e vergonha, culpa, razões que acreditam não suportar mais.
E como se a pessoa embotasse a consciência para outras possibilidades existenciais além da morte, não consegue encontrar saída. Não existe esperança de mudança.
A pessoa não consegue encontrar-se na sociedade, acredita não ter valor, muitas vezes acha que não estar mais presente será um alívio para os familiares, e para si mesmo, pois acredita que já tentou e não tem mais forças para se motivar, planeja sua morte.
É muito importante que o familiar ou pessoa próxima leve a sério quando alguém apresenta uma ideação suicida. Quando a pessoa fala sobre o assunto, existe sim a possibilidade que ela cometa o ato.
Percebe-se na prática psicológica, cada vez mais, que as pessoas têm dificuldades de falar de si, com seus familiares e amigos, tem medo de expor seus anseios, acreditando que os outros não vão entender e assim vão se isolando, sentindo-se cada vez mais só e menos importantes e a depressão vai ganhando espaço.
Quando já aconteceu a tentativa, após cuidados iniciais de pronto socorro, é muito importante a conscientização da família, pois o risco da pessoa tentar de novo é grande, existindo a necessidade de um acompanhamento psiquiátrico e psicológico e muito apoio e carinho familiar. A pessoa precisará resgatar o seu valor, cuidar dos aspectos emocionais que a atormenta, precisa se amar e sentir amada. O processo psicoterapêutico será de grande valia para enfrentar seus problemas, pois terá um profissional que irá escutar sem julgar e poder orientar e despertar a motivação resgatando o sentido da vida, promovendo a vontade e o prazer de viver.
Na vida, não existem soluções.
Existem forças em marcha:
é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções.
Rosemary G. Sampaio Borges
Psicóloga Clínica – CRP – 06/87098