Cada vez mais temos escutado falar em Depressão, mas infelizmente ainda existe preconceito sobre buscar o tratamento adequado. Algumas pessoas acham que os sintomas irão passar rapidamente e acreditam que não precisam de um profissional; outras não procuram tratamento por achar que a família não entenderá. Pude perceber através da minha experiência profissional que algumas pessoas sofrem preconceito dentro da própria casa, sendo denominados pelos familiares como “frescura”, falta do que fazer, entre outros termos negativos, havendo um descaso sobre a situação e se tornando difícil a aceitação sobre a necessidade do tratamento.
Depressão é uma doença afetiva ou do humor, um transtorno que afeta pessoas em qualquer idade. Caracterizado por sintomas físicos e emocionais que variam de pessoa para pessoa, altera principalmente o pensamento, como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, a falta de prazer com a vida, além de afetar como ela se alimenta, dorme e até seus cuidados pessoais.
Algumas pessoas podem desenvolver a depressão por motivos como perda de um ente querido, desemprego, brigas conjugais, separação, bulling, histórico de agressões físicas ou verbais, abusos sexuais entre tantos outros problemas, mas algumas pessoas não conseguem identificá-los.
A depressão está principalmente relacionada ao sentimento de perda, mas nem sempre conseguimos ter consciência ou nomear esses motivos. Entre os sintomas mais frequentes, podemos citar a sensação de constante vazio, ausência de sentido para viver, dependendo do grau a pessoa não tem vontade de fazer absolutamente nada, se encontra em um estado de apatia, onde prefere somente ficar deitada, permeada por desânimo geral e sentimentos intenso de angústia, sendo frequente o choro.
Ressalto a importância de buscar conjuntamente o psiquiatra e o psicólogo, pois em muitos casos se faz necessário o uso da medicação e um tratamento sem o outro não terá a eficácia desejada.
Buscando a psicoterapia a pessoa terá um profissional que irá ouvi-lá sem julgamentos, auxiliando no entendimento e na eliminação dos sintomas, orientando a pessoa a ampliar seus horizontes, aprender a re-significar, buscar otimismo, resgatar a sua auto-estima, buscar motivação e assim encontrar a saída, passando a ter uma perspectiva melhor. Aderindo ao tratamento, o paciente aprende a buscar recursos internos conseguindo atingir uma melhora significativa e consequentemente voltar a ter prazer em viver.
Rosemary G. Sampaio Borges
Psicóloga Clínica
CRP 06/87098